*Reportagem: Priscila Oliveira
José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, morreu nesta quinta-feira, 24, em São Paulo (SP), aos 66 anos.
Nascido no dia 11 de julho de 1958, em Aracaju, no Sergipe, o boxeador venceu 77 das 85 lutas oficiais que disputou pela categoria peso-pesado, entre os anos de 1983 e 2000. Ao todo, foram 61 nocautes, sete derrotas e um empate técnico ao longo de 17 anos de carreira como atleta profissional.
Diagnosticado com encefalopatia traumática crônica (ECT), uma doença com os mesmos sintomas do mal de Alzheimer, mas causada por golpes repetitivos na cabeça, o ex-atleta morava há mais de sete anos numa clínica, em Itu (SP), onde recebia cuidados paliativos devido à chamada “demência pugilística”.
Apesar da causa da morte não ter sido divulgada até o fechamento desta publicação, a informação foi confirmada no meio da tarde pela esposa do pugilista, Irani Pinheiro, durante o programa Balanço Geral, da Record. Eles foram casados por 41 anos e tiveram três filhos: Adilson, Adenilson e Edmilson.
Orgulho dos pesos-pesados
Em nota, a Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) lamentou “profundamente a perda de um dos maiores boxeadores brasileiros da história”, enfatizando que “Maguila representava não só o boxe, mas todo o esporte brasileiro” e que “enchia-nos de orgulho e colocou a nobre arte na atenção do povo, contagiando a torcida que o acompanhava”.
Entre outros títulos, Maguila foi campeão brasileiro, conquistou o Continental das Américas (WBC) e o título mundial da Federação Internacional de Boxe (IBF). Dois de seus confrontos mais especiais foram contra Evander Holyfield e George Foreman, sendo derrotado nas duas.
“A comunidade toda do boxe está em luto. Nossos sentimentos à família e amigos do nosso eterno campeão dos pesos-pesados”, concluiu a CBBoxe.
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