Maratonista olímpica Rebecca Cheptegei morre após ter corpo queimado pelo ex

*Priscila Oliveira, com informações de agências de notícias

44ª colocada na maratona dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, em agosto, a atleta Rebecca Cheptegei, de 33 anos, morreu nesta quinta-feira, 05.

Natural de Uganda, mas radicada no Quênia, ela teve a casa invadida pelo ex-namorado e o corpo queimado ao retornar da igreja, no último domingo, 01. A compra de um terreno seria o motivo do ataque, realizado com ateamento de fogo em gasolina, na frente das filhas de Cheptegei, de 9 e 11 anos.

Rebecca Cheptegei em maratona na Hungria (Foto: Dylan Martinez/Reuters)

“Considerando a idade e as queimaduras em mais de 80% do corpo, a esperança de recuperação era pequena. Os ferimentos levaram à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso”, lamentou o diretor da UTI onde a maratonista estava internada.

Entre outros feitos, Rebecca conquistou medalha de ouro no Campeonato Mundial de Corrida de Montanha e Trilha, em 2022, na Tailândia.

Repúdio e outros casos

O Comitê Olímpico de Uganda definiu o caso como “um ato covarde e sem sentido, que provocou a perda de uma grande atleta”. Já a Confederação de Atletismo do Quênia caracterizou a morte como “prematura e trágica”, além de “uma perda profunda”. As duas entidades condenaram a violência de gênero contra as mulheres.

O criminoso, Dickson Marangach, teve 30% do corpo queimado e segue na UTI. Porém, essa não é a primeira vez que casos de feminicídio com corredoras quenianas chamam atenção no mundo dos esportes.

Em 2021, Agnes Tirop, quarta colocada nos 5.000m de Tóquio-2020, morreu após ser esfaqueada em casa, aos 25 anos. O marido, Emmanuel Rotich, está sendo processado pelo assassinato, mas nega as acusações. Em 2022, Damaris Mutua foi encontrada morta, também em casa, sob suspeita de estrangulamento pelo então namorado, um atleta etíope.

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