Hoslany Fernandes garante 3ª melhor marca na “Maldição do Corpo Seco”, em SP

*Reportagem: Priscila Oliveira

Anunciada como uma das maiores altimetrias do trail run brasileiro e entre as mais difíceis provas do calendário nacional, “A Maldição do Corpo Seco” foi o desafio escolhido pelo juiz-forano Hoslany Fernandes (Corrida Ancestral) para colocar em prática uma de suas grandes filosofias de vida: participar de “corridas de verdade” e com “propósito”.

Juiz-forano totalizou 19 voltas, 63km e 6.882m de ganho positivo e negativo pela Trilha do Deus me Livre, em São Bento do Sapucaí (Foto: arq. pessoal)

“Esse é um novo formato, já que o mercado tende a não favorecer os corredores, mas, sim, grandes marcas. E uma prova assim dá luz à regionalidade, histórias e culturas locais, resgata patrimônio e identidade. Essa é uma lenda, por exemplo, onde se trava uma batalha contra o tal ‘corpo seco’ e todos os seres imagináveis da montanha, durante a noite”, explicou.

Ele fez bonito na prova, que começou à 00h01 do último sábado (21) e teve doze horas de duração pela Trilha do Deus me Livre, em São Bento do Sapucaí, na porção paulista da Serra da Mantiqueira. “Me preparei por seis meses, fui para cima e consegui performar bem demais. Entreguei 19 voltas, uma a menos do desafio lançado para este ano, que era uma prova no Brasil com 7.000m de ganho. Eu sabia que podia, deu tudo certo e tudo encaixou – treino, hidratação e a torcida, que foi importantíssima, porque, sem o suporte do meu namorado e da minha irmã, eu não conseguiria”.

Apenas 14 dos 50 inscritos concluíram o desafio, com Hoslany totalizando 63km e 6.882m de ganho positivo e negativo, garantindo a terceira colocação e dividindo pódio com duas feras do esporte, que alcançaram 20 voltas, 64km e 7.220m. “Fiquei atrás do Célio Augusto, que é bicampeão brasileiro e campeão sul-americano de longa distância, e do Roger Darrigrand, que é outro grande ultramaratonista e está sempre entre os cinco melhores do país. Estar encostado neles me fez perceber que valeu a pena treinar”, destacou.

Para o mineiro, a “Maldição” foi encarada com sucesso. “Vivemos uma grande experiência nessa noite e acredito que provas assim devem ganhar mais espaço, trazendo verdade e contando histórias, para que as pessoas experimentem novas possibilidades de esporte e de vida”.

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