Gedair Reis e um baú de 551 corridas, entre maratonas, meias-maratonas e até virtuais

*Priscila Oliveira

No Ranking G10 Zona da Mata, representando a equipe Goianá Sports (Foto: Priscila Oliveira/arq. Rumo Certo)

Aos 67 anos, natural de Manhumirim e radicado em Juiz de Fora, o atleta e servidor público aposentado Gedair Reis acaba de completar 551 corridas, entre maratonas, meias-maratonas e desafios virtuais. Uma trajetória que começou em março de 2004, num trajeto de 4,5km, e teve seu capítulo mais recente no último domingo, 28, durante a terceira etapa do Ranking da cidade.

“Quem me vê correndo pensa que sempre fui corredor, mas, na verdade, nunca fui adepto da atividade física. O prazer nasceu de uma orientação médica, em meados de 1999, para caminhar. Eu precisava fazer uma reeducação alimentar, perder peso (foram 20kg) e diminuir os medicamentos”, lembra.

Das quinze vezes em que completou o percurso de 42.195km, doze foram no Rio de Janeiro (RJ) e três em Curitiba (PR), o que lhe rendeu até a marca de 23º melhor maratonista no Ranking Brasileiro da Revista Contra-Relógio. Já nas mais de cinquenta participações em trajetos de 21km, integra a categoria elite B brasileira, por ter alcançado o tempo de 1h28min na Meia Maratona Linha Verde, em Belo Horizonte; e participou das dez edições da Meia Maratona de Juiz de Fora.

No circuito de Juiz de Fora, é um dos guias do Paradesporto SEL (Foto: Hugo Keyler/arq. Rumo Certo)

“Maraturismo”

Além da preferência por provas longas e da alegria pelos resultados individuais, Gedair se orgulha por ser guia de atletas PCD (pessoas com deficiência). “O que recebo deles é um grande ensinamento. A maior e melhor conquista são as amizades nesta vida tão corrida. A qualidade de vida, as mais de duzentas viagens que realizei – tudo isso é muito marcante e significativo para mim”.

Para quem tem o cuidado de anotar todas as informações de cada disputa, como data, local, tempo ou pace, essa jornada está longe de chegar ao fim. “Pretendo participar da 100ª São Silvestre, em 2025. Continuarei a correr até quando eu não venha a atrapalhar os eventos. Quero viajar mais e fazer muito ‘maraturismo’ [maratona + turismo] ainda, sem me preocupar com a velocidade ou o tempo”, finaliza.

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