Gabrielzinho fatura segundo ouro em Paris: “Amassei de novo”

*Priscila Oliveira

A tarde deste sábado, 31, foi marcada por mais um título de Gabrielzinho em Paris. Dessa vez, ele sagrou-se bicampeão paralímpico nos 50m costas classe S2, com ampla vantagem sobre os adversários, o impressionante tempo de 50s93 e direito a novo recorde das Américas.

Essa é a segunda medalha de ouro do atleta na competição, depois da vitória nos 100m costas (1min53s67), na última quinta-feira, 29. Gabriel Araújo, de 22 anos, é natural de Corinto, na região central de Minas Gerais, mas treina em Juiz de Fora com o técnico Fábio Antunes pelo Praia Clube.

“Amassei de novo. Não tem o que dizer. Foi uma prova fantástica, sensacional. De manhã [na eliminatória] já tinha sido bom e eu sabia o que tinha que fazer para acertar e melhorar mais ainda. Só que 50.93 foi um tempo que chama muita atenção. Foi muito bom. Acho que eu não estou nadando; estou voando, estou flutuando na água”, declarou ao Sportv.

Dessa vez, o nadador, que treina em Juiz de Fora, venceu os 50m costas S2 (Foto: Silvio Ávila/CPB)

Com esse resultado, o nadador chegou à quinta medalha em Paralimpíadas, sendo as três primeiras em Tóquio-2020 (prata nos 100m costas, ouro nos 200m livre e ouro nos 50m costas). “Trabalhei muito e lutei muito para chegar nesse lugar [de destaque], e tenho certeza de que ninguém vai tirar, enquanto eu tiver condições. E quando não tiver também, eu farei o impossível para me manter no lugar, porque eu trabalho toda vez para ser o melhor. A minha meta é ser melhor do que a mim mesmo. Vou sempre trabalhar para isso. Estou muito feliz e bastante emocionado, porque é uma energia muito diferente”.

Carinho que ‘vale mais que ouro’

Ele também destacou a forma com que tem sido recebido nos Jogos, dentro e fora das piscinas. “Acredito que todo esse carinho, antes mesmo de eu chegar na água, é pela minha pessoa, pelo meu jeito de ser, pelo meu sorriso e pela minha alegria. Isso vale mais do que qualquer medalha de ouro para mim”.

E os títulos prometem não parar por aí, já que ele ainda vai brigar pelo ouro nos 50m livre, 200m livre e 150m medley – todos pela classe S2, voltada para atletas com grandes limitações físico-motoras.

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