*Priscila Oliveira
Mais uma vez, a mercesana Amanda Oliveira (Elite Runners) foi o grande nome do Brasil na categoria feminina da Maratona do Rio, realizada neste domingo, 02, na capital fluminense. Ela completou o trajeto de 42km, com largada e chegada no Aterro do Flamengo, em 02h39min59s – recorde pessoal na distância, além de apenas seis segundos atrás da etíope Betelhem Moges, campeã da disputa.
Em entrevista concedida ao Rumo Certo na manhã desta segunda-feira, 03, enquanto já se preparava para retornar à terra natal, a atleta e treinadora comemorou o desempenho. “Fiquei muito, muito feliz, por ser vice-campeã da prova. Sei que a maratona exige muita paciência e muita persistência, porque é muito tempo correndo e acontecem muitas coisas, como dores e desconfortos. Mas, treinei muito, trabalhei para isso, me planejei e, dessa vez, não deixei nada me abalar – nem a minha mente”.
Vale lembrar que, em 2023, a mineira também foi a melhor brasileira na Maratona do Rio, porém, ocupando a terceira colocação geral, com 2h46min40s. Isso, junto ao recorde pessoal, tornou a nova conquista ainda mais especial. “Jamais imaginei realizar esse grande feito, porque eu sabia que a competição era a nível internacional. Todas as meninas eram mais experientes e tinham tempos melhores. Ainda sou inexperiente nos 42km, mas posso falar que essa foi a maratona que eu treinei de verdade, porque ano passado eu ainda estava com medo. Por isso que a alegria é tão grande”, ressaltou.
Colhendo os frutos
Aos 27 anos, Amanda avaliou estar mais do que preparada para o desafio carioca, que era um dos seus grandes objetivos para esta temporada. “Consegui entregar o meu melhor e colocar em prática tudo o que eu fui buscar com os meus treinamentos. Tive muito trabalho para isso acontecer. Treinei na Bolívia, deixei minha família e todos os afazeres para me dedicar à corrida. E a gente sabe que, nesse mundo do esporte, é assim mesmo. É preciso abdicar de algumas coisas para colher os frutos”.
Ela ainda destacou o carinho da torcida na Cidade Maravilhosa. “Para mim, correr no Rio de Janeiro é sempre uma alegria imensa. Ver todo mundo gritando ‘vai, Amandinha’, em vários lugares, desde 5h da manhã, foi uma emoção muito grande”, celebrou. “Dedico essas conquistas sempre e especialmente a Deus, porque é ele que me dá forças para continuar. E à minha família querida, aos meus patrocinadores, treinador, amigos e fãs, que sempre ficam na torcida por mim – principalmente à torcida mineira, que tinha muito lá ontem também”.
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